Uma das mais relevantes escultoras brasileiras do século XX

Sonia Ebling de Kermoal (1918–2006) foi uma escultora, pintora e professora brasileira, reconhecida por sua contribuição significativa à arte moderna no Brasil. Nascida em Taquara, Rio Grande do Sul, ela iniciou seus estudos em pintura e escultura nas Escolas de Belas Artes do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro entre 1944 e 1951. Em 1955, recebeu o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro do Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro pela escultura "Mulher e Pássaro", o que lhe proporcionou a oportunidade de estudar na Europa.


Durante sua permanência na Europa até 1968, Ebling estudou com o escultor Ossip Zadkine em Paris e recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Ela participou de importantes exposições, como o Salon de la Jeune Sculpture no Museu Rodin, a Bienal de Arte Tri-Veneta em Pádua, o Salon de Réalités Nouvelles e o Salon des Petits Bronzes no Museu de Arte Moderna de Paris. Representou o Brasil na Documenta de Kassel e na VII Bienal de São Paulo.
De volta ao Brasil, foi convidada a criar um relevo para o Palácio dos Arcos, sede do Ministério das Relações Exteriores em Brasília. Em 1970, ministrou um curso de escultura em cimento na Escola de Belas Artes da UFRGS, onde, seis anos depois, assumiu a cátedra de escultura. Seu trabalho com cimento incorporava pigmentos de óxido e fibras vegetais, criando obras duráveis e adaptáveis, caracterizadas como pintura e escultura.

Ebling residia e mantinha seu ateliê em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 2006. Sua obra é marcada por formas depuradas e equilibradas, incorporando influências de esculturas pré-colombianas, africanas e egípcias, e é comparada por críticos a artistas como Henry Moore, Brancusi e Giacometti.
Falecida em 2006, Sonia Ebling é lembrada como uma das principais escultoras brasileiras do século XX, cuja obra continua a influenciar e inspirar artistas contemporâneos.